Pressionado por funcionários, Mark Zuckerberg disse que ‘definitivamente’ não vai interferir em publicações de Donald Trump na rede social.
Nas palavras do CEO da companhia, é uma ‘decisão final’ e oposta de sua opinião, por isso ‘tão difícil’. Zuckerberg se reuniu com os colaboradores do Facebook após uma onda de pressões para interferir em publicações nocivas de Trump em redes sociais ligadas ao Facebook.
Diferente do Facebook, o Twitter começou a sinalizar publicações que incitavam a violência no perfil do presidente norte-americano.
Essas notificações geraram debate e Trump chegou a assinar um decreto permitindo que redes sociais fossem processadas caso interfiram nas publicações dos usuários nos EUA.
O que diz a lei norte-americana sobre interferência em redes sociais privadas
As leis norte-americanas permitem que não se apliquem punições para as redes sociais quando essas interferem em publicações nocivas, como incitação à violência, por exemplo.
No país norte-americano, a liberdade de expressão é quase absoluta, com ressalvas apenas quando há crimes contra a honra do presidente da república e práticas como o racismo, que são punidas com leis penais, algo relativamente igual no Brasil em casos como estes.
No entanto, cidadãos podem incitar violência e praticar discurso de ódio, por exemplo. O Estado norte-americano acredita que essas questões devem ser tratadas com revez, ajudando pessoas que sofreram com tais discursos através de políticas públicas sociais e instrução.
Voltando ao contexto das redes sociais, ao se tratar de questões como o discurso de ódio, essas companhias tem a liberdade de lidar com a expressão de seus usuários quando suas políticas afirmam que conteúdo nocivo podem sofrer sansões.
Isso garante que as redes nunca podem ser processadas quando apagarem conteúdos considerados nocivos. O decreto de Trump cria um escudo para as publicações que ele faz nas redes sociais, até que esse decreto possa ser votado.