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Opinião: Governo Lula precisa investir na CEITEC, fábrica de semicondutores

Ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, falou em "reativar a CEITEC".

Muito se fala sobre semicondutores. Essa nobre palavra consegue caminhar entre os mais ricos e mais pobres, sendo os semicondutores participantes da vida dos seres humanos, em pelo menos uma ação diária.

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Se você pega o smartphone, vai ao banco, utiliza bicicletas elétricas, dirige um veículo automotor ou simplesmente possui uma pulseira digital que conta passos e armazena informações sobre saúde coletadas no pulso, você está definitivamente beneficiado por uma das riquezas do mundo moderno.

Os semicondutores são utilizados para fabricação de processadores, microcontroladores e demais componentes eletrônicos, que foram os transformadores da nossa cultura tecnológica atual.

Para se ter uma ideia da importância deles na sociedade, a própria China se tornou refém da ilha que ela tanto almeija: Taiwan, o país com maior expertice na fabricação de semicondutores no mundo. Os chineses precisam pensar duas vezes antes de invadir a ilha e parar a produção mais importante do mundo. E é exatamente por isso que Taiwan ainda excerce sua independência.

Já deu para entender a importância dos semicondutores, certo!? Mas tá, agora você precisa saber de algo ainda mais importante.

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O Brasil e seus semicondutores

O Brasil possui uma estatal que fabrica esse item tão valioso. É a Ceitec S.A, que atualmente está em linquidação proposta pelo Governo Jair Bolsonaro, mas que deve ser desfeita, a interesse do novo Governo Lula, vontade também exposta pela nova ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

No mundo todo, as fábricas de semicondutores podem ser contadas no dedo. Fabricar wafers que vão ocupar um espaço no seu carro, no seu smartphone, computador e demais eletrônicos, é bastante caro. É um processo muito cauteloso, que exige preocupações com o ambiente, o processo e toda a cadeia industrial envolvida.

O impacto da ausência de semicondutores no mercado

Durante a pandemia de coronavírus, você provavelmente já ouviu falar sobre fábricas de automóveis parando de fabricar e liberando seus funcionários para férias coletivas e até mesmo demissões em massa. E não era especificamente por que as marcas não estavam vendendo seu principal produto: os veículos. Mas sim pelo fato de que os semicondutores, matéria prima para sistemas de inteligência artificial e painéis dos veículos, estavam em falta no mercado.

Se o Brasil possui uma fabrica que pode atender ao mercado nacional, enquanto já vimos o mundo brigar por semicondutores e parar suas indústrias por falta do insumo, qual o sentido de o país vender e não investir em uma fábrica tão importante para a soberania nacional e para estratégias comerciais?

O novo “pré-sal” que o Governo Lula precisa descobrir

Você gostando ou não, foi no governo Lula que se descobriu uma das maiores reservas de petróleo do mundo, o pré-sal. A Petrobrás rapidamente se adaptou e, o que parecia impossível, se tornou riqueza para o país, que foi a exploração desse insumo tão importante para a economia global.

Com a onda de tecnologias que utilizam microprocessadores e microcontroladores, é pontual fazer comparações entre semicondutores e petróleo. Afinal, são duas matérias primas muito importantes para diferentes segmentações. Mas no final das contas, o usuário final acaba recebendo um produto que une os dois.

O plástico do painel do veículo, petrolado, une-se ao sistema que embarca um processador que vai calcular as informações do trajeto do GPS até a cidade ao lado.

Se no governo Jair Bolsonaro os semicondutores não foram uma preocupação, nos EUA a história é outra. Lá, o governo está correndo contra o tempo para investir pesado em fábricas de semicondutores. Joe Biden prefere diminuir a influência da China em relação aos componentes eletrônicos, o que dá mais soberania ao país norte-americano, além de segurança industrial quando algum problema como uma pandmia acontecer.

Com a CEITEC e investimentos do governo, um novo “pré-sal” pode ser descoberto. O Brasil passa a atender não só seu mercado interno, mas também outros mercados, uma vez que fabricar semicondutores é extremamente minuscioso e muitooos países preferem parcerias e importações, do que investir tanto dinheiro em algo tão caro.

Além disso, o país independe de outras nações para construir uma sólida e resistente cultura de componentes eletrônicos, como a China possui hoje. As fábricas passam a adquirir o produto interno, quando o preço é competitivo. Mais produtos nacionais são desenvolvidos. E nenhuma produção para por falta de matéria prima para montagem de algum sistema específico.

É por isso que o Governo Lula precisa investir na Ceitec.

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