A Qualcomm tem sido criticada por sua lentidão em trazer chips avançados para smartwatches, um fator que permitiu que a Apple avançasse significativamente nesse mercado. Em contrapartida, a Samsung optou por desenvolver chips Exynos internamente para seus Galaxy Watches, não dependendo da Qualcomm. O Google, que anteriormente utilizou chips Exynos e Snapdragon nas gerações anteriores do Pixel Watch, pode seguir o exemplo da Samsung e desenvolver chips próprios.
Fontes indicam que o Google planeja adotar seus chips Tensor em seus futuros smartwatches, começando com o Pixel Watch 5 previsto para 2026. Documentos da divisão gChips do Google, obtidos pelo Android Authority, revelam detalhes sobre esses chips, sendo o primeiro deles codinome NPT, que pode remeter a ‘Newport Beach’. Essa nomenclatura está em linha com o codinome do chip Tensor G5, conhecido como Laguna Beach.
O chip NPT possuirá uma arquitetura semelhante ao processador Exynos W1000 da Samsung, contando com um núcleo de CPU Cortex-A78 e dois núcleos Cortex-A55, em comparação com os quatro núcleos Cortex-A55 do Exynos W1000. Embora esses núcleos não sejam os mais recentes da ARM, a eficiência energética é fundamental em wearables, o que significa que uma configuração tri-core pode ser adequada.
Outro aspecto interessante é que os chips Tensor do Google para o Pixel Watch podem utilizar o processo de fabricação de 3nm da TSMC, um padrão que também deve ser adotado pelo Tensor G6. Além disso, o Google pretende fazer a transição da arquitetura ARM para a arquitetura de código aberto RISC-V em seus futuros chips.
Como o Google ainda não possui modems internos, permanece a dúvida sobre qual tecnologia será empregada. No passado, a empresa confiou nos modems celulares Exynos da Samsung para seus chips Tensor, e tudo indica que essa parceria pode continuar, embora seja cedo para confirmar essa estratégia.
Com esses avanços, o Google promete elevar o patamar dos smartwatches e mostrar que está preparado para competir com gigantes como Apple e Samsung.