Cinco meses após iniciar o trajeto rumo ao seu próprio fim, a espaçonave Cassini da NASA deu adeus esta manhã, depois de passar 13 anos orbitando o sistema de Saturno. É um adeus agridoce – a sonda foi lançada em 1997 e durou com sucesso por duas extensões de missão. Hoje, mergulhou na atmosfera de Saturno e se desintegrou, terminando sua jornada de 20 anos.
A Cassini descobriu muitas coisas ao longo do caminho, mudando nossa compreensão das luas de Saturno enquanto também mapeava os anéis do planeta e tempestades gigantes. A Cassini também tirou fotos incríveis durante suas viagens.
“O sinal da sonda desapareceu” — disse Earl Maize, chefe da missão Cassini, às 8h55, no horário de Brasília.
A gravidade de Saturno puxou a Cassini para o planeta 83 minutos antes. Porém, o tempo de atraso ocorre devido aos 1,4 bilhão de quilômetros de “caminhada” feita pelos sinais de rádio entre Saturno e a Terra.
Ao todo, a Cassini produziu mais de 453 mil imagens, e percorreu 7,885 bilhões de quilômetros.
Em seu “encontro com a morte”, a sonda foi em direção ao planeta a velocidade de 122 mil quilômetros por hora. Telescópios terrestres miraram para o planeta com o intuito de captar alguma imagem do momento, porém as chances são extremamente baixas.
Por que finalizar a missão da Cassini já que está indo tudo bem? A decisão veio porque a sonda estava com o combustível se esgotando e, caso ela viesse a ficar à deriva no espaço, o risco de que chocasse contra Encélado ou Titã, contaminando esses corpos, seria relativamente alto.