As redes sociais mudaram o cotidiano das pessoas, tanto que, grande parte das agressões que começam no ambiente escolar, acabam sendo publicadas nas redes sociais. No entanto, ao contrário do bullying tradicional, o cyberbullying tende a ter um impacto maior sobre as vítimas, que, muitas vezes, é ignorado pelas instituições educacionais. A ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, orienta sobre como abordar o assunto dentro do ambiente escolar.
O bullying ganha mais força na Internet
O primeiro passo é entender que tudo na Internet ganha maior dimensão. Uma publicação chega a centenas ou milhares de pessoas em questão de minutos e, em pouco tempo, todos estão conversando e opinando sobre uma publicação. O conteúdo agressivo é mais prejudicial e tornar-se impossível pará-lo ou eliminá-lo, mesmo que o agressor se arrependa.
Com a entrada cada vez mais cedo de crianças no ambiente digital, muitas se aproveitam do anonimato das telas para intimidar outras crianças. Neste contexto, a ESET propõe quatro pilares que cada escola e professor pode implementar para resolver esse problema.
#1 formar bons cidadãos digitais
O respeito e as regras de convivência devem fazer parte também do mundo digital. Assuntos como ética, moral, educação cívica, e respeito devem transcender a fronteira física. Por outro lado, os exercícios e atividades em equipe também são uma forma de fazer de maior interação entre os alunos. Atualmente, existem inúmeras atividades que podem ser baixadas da Internet e, inclusive, realizadas por meio de dispositivos móveis.
#2 Consciência acima da proibição
Em vez de criar pânico sobre o uso da tecnologia ou propagar mal-entendidos, a consciência permite maior diálogo entre os alunos. Muitas escolas preferem proibir o uso da tecnologia, o que provoca uma rejeição por parte dos alunos, que, em longo prazo, pode levá-los à decisão de esconder seus telefones e usá-los sem que o professor perceba.
Os jovens se identificam com a tecnologia e a adaptam ao seu dia a dia. Nesse sentido, é importante mostrar aos alunos como eles podem usar a tecnologia para o bem comum, como compartilhar conhecimento ou ajudá-los de forma mútua. Além disso, ao incorporar a tecnologia à sala de aula, os professores podem direcionar o assunto ao uso mais ético da tecnologia.
#3 Solidariedade coletiva para denunciar casos de abuso
De acordo com um relatório da Sefe2Tell, em 81% dos casos de violência escolar, alguns estudantes sabiam da agressão, mas decidiram não denunciá-la. Na maioria destes casos, o silêncio é principalmente devido ao medo de ser a próxima vítima ou a punição por parte dos adultos. Nestes casos, as crianças devem saber que a tecnologia não é o problema, mas seu uso irresponsável sim.
A violência online pode e deve ser denunciada nas mesmas plataformas. Todas as redes sociais têm a opção de denunciar publicações, comentários e até mesmo perfis que violam ou assediam uma pessoa. Essas denúncias são completamente anônimas.
É importante incentivar os jovens a, não apenas conversar com um adulto em caso de situação de assédio, mas também formas de relatar tal conteúdo em cada plataforma.
#4 Diálogo: a base de todo acompanhamento
Os alunos precisam saber para quem e onde podem ir antes de que ocorra um problema. Portanto, a confiança é a chave para abrir o canal de diálogo. Para as crianças, o que é feito na Internet é sempre algo semelhante ao que é feito no mundo físico. Portanto, se um aluno aborda um problema, o professor deve entender que é uma situação séria e encontrar os recursos para resolvê-la.
É importante lembrar que os jovens podem saber muito sobre o uso e o funcionamento da tecnologia, mas os adultos definitivamente têm mais experiência de vida e compreensão dos riscos que podem surgir. Portanto, a exploração de questões como riscos tecnológicos, segurança na Internet e comportamento online são fundamentais para fomentar o diálogo. Assim como é necessário quebrar o silêncio por trás do bullying e do cyberbullying, falando sobre os casos de assédio virtual e sua resolução.